De lámen a pad thai: veja locais em BH com variadas opções da culinária asiática

Não faz muito tempo, não. Pensar em culinária asiática em Belo Horizonte há um ano ou dois era sinônimo de degustar sushis, sashimis, temakis, talvez um yakissoba, e pronto. Mas, recentemente, pratos como lámen, pad thai, laksa, entre outros (veja detalhes abaixo), vindos de países como Tailândia e Vietnã, têm disputado espaço nos cardápios com seu “parentes” mais populares. São opções muitas vezes clássicas e que, em Minas Gerais, se reinventam. Um pouco menos de pimenta aqui, um ingrediente regional ali, e eis essa “nova” gastronomia que aporta em BH. Veja alguns abaixo.

Canja

O nome é mineiro. Afinal, nesse local, aberto em meados de 2019, Fábio Luppi traz a culinária asiática, principalmente lámens, sob o olhar de Minas Gerais. “Sou cozinheiro há 12 anos e sempre gostei de comida japonesa. O Canja tem técnicas clássicas japonesas, mas mistura um pouco de ingredientes regionais”, diz ele, que fundou a casa motivado por sua admiração pela cultura pop oriental e também por observar a popularização do lámen. O prato carro-chefe é o Naruto (foto), com macarrão, lombo de porco, rodelas de naruto (massa de peixe), nabo em julienne, pó de shitake, ovo com gema mole, cebolinha, alga nori e caldo de frango com missô levemente picante. “O grande desafio é traduzir a cultura de lámen para o público mineiro de forma fácil e que se encaixe no paladar dele. Meu maior inimigo são os dias quentes”, revela o chef.
Av. Getúlio Vargas, 1.620, Loja 4, Savassi, (31) 3267-5433

PandaWok e Bao Bao Bun


São duas propostas em um lugar só – mas, nos aplicativos de delivery, eles estão separadinhos. O veio primeiro (a unidade atual, na Savassi, abriu em meados de 2019) com pratos como os tailandeses thai red curry (foto) e pad thai e outros que fazem referências a Indonésia, Japão e China. Já o Bao Bao Buns é focado em sanduíches com pão cozido no vapor (o bao). “A motivação para abertura foi a falta de temperos do Sudeste Asiático em BH”, resume a gerente Camilla Orquiza. Ela conta que, hoje, a maior dificuldade é lidar com a sazonalidade de certos insumos, sobretudo o tamarindo. “É a base de um dos molhos, mas chega uma época que não achamos, e importado não é igual. Estamos tentando congelar e manter a vácuo”, revela. Para ela, a resistência dos mineiros a sabores diferentes é cada vez menor. “Boa parte do público é formada por pessoas que viajaram ou têm curiosidade por ler sobre os pratos”, diz. De toda forma, a “picância” é à parte: os pratos são servidos com tubinhos de pimenta, só para quem quiser.
R. Antônio de Albuquerque, 378, Savassi, (31) 3889-0050.

Shibuya Street Food
O pequeno restaurante, inaugurado em março, poucos dias antes do fechamento do comércio devido à pandemia, é o “irmão mais novo” do Taika Izakaya, bar japonês aberto há cinco anos em BH por Gabriel Rache, mas guarda peculiaridades. “Não é um ambiente formal: é pra comer de pé, mas sem abrir mão de uma variedade e qualidade boa”, explica o chef Pedro Noda. O nome faz referência a uma das regiões da capital japonesa, jovem e descolada. Entre os petiscos e pratos da casa, estão guiozas, woks (arrozes fritos e noodles). Destaque para o Nasi Goreng, um arroz à moda indonésia, com ovos, abacaxi, molho e cebolas, que pode ser completado com cogumelos, frutos do mar ou costelinhas), além de baos (pães chineses no vapor), que aparecem com seis opções de recheios.
Rua Sergipe, 1.423, Savassi,  (31) 3047-6336

 

Hou Mei Asian Food Bar
Aberta em 2019 por três irmãos (Camila, Arthur e Ricardo Lam), a casa é inspirada na história da família, que fundou o restaurante Macau em BH. O cardápio foi construído com a chef Isabel Lam Chong, tia do trio, com homenagens a China, Coreia do Sul, Tailândia e Japão. Os pratos principais de maior sucesso são o Katsu Curry (peito de frango empanado com panko, arroz japonês e molho curry), o Lo Mein (macarrão salteado com legumes e proteína) e o Kimchi Fried Rice. “Esse prato surgiu da vontade de oferecer algo com kimchi, conserva de acelga de origem coreana. E nos surpreendeu que tenha tido muita saída, pois é um prato apimentado, e o kimchi tem um aroma intenso. É um arroz feito com cubos de barriga de porco, pedaços de kimchi, gochujang (pasta de pimenta coreana), finalizado com um ovo frito, gergelim e nori”, explica Camila, que compara o atual momento da culinária asiática em Minas com 1975. “Na época que o Macau foi inaugurado pelo meu avô, talvez muitos nunca tivessem provado comida chinesa. Hoje, muitas pessoas viajam, buscam esse tipo de culinária e gostariam de repetir em BH”, observa. 
Av. Prudente de Morais, 469, Santo Antônio, (31) 3786-0553

 

Samba Fresh

Quem acompanha o cenário gastronômico de BH certamente sabe que este endereço é especializado em poke, um prato haviano. Porém, atualmente, a casa também serve pratos asiáticos que dialogam com a iguaria. “Convidamos um chef amigo de infância meu, o Alexandre Louzeiro, para criar um cardápio diversificado focado em países da Ásia, principalmente do sudeste. Ele trouxe receitas com um conceito de culinária asiática tropical”, explica Daniel Nunes, sócio da casa ao lado de Gabriel Naves e Leonardo Apparício. Assim, o menu passou a contar com receitas como o pho (Vietnã), que leva filé aromatizado com canela e anis-estrelado, lámen e salada, ou laksa (Malásia; foto), um lámen com curry e leite de coco com bifum, frango, camarão, cogumelo, ovo cozido e especiarias. Alguns precisaram ser adaptados ao paladar brasileiros. “Originalmente, o pad thai, por exemplo, é muito apimentado, então trouxemos um meio-termo”, explica o sócio.
Rua Fernandes Tourinho, 97, loja 1f, Savassi, (31) 2526-5020

 

Saiba mais

Bao ou bun. Pãozinho chinês assado no vapor, servido com diferentes recheios em BH (tradicionalmente, seria com barriga de porco adocicada)
Lámen. Leva um macarrão chinês, caldo claro de porco, peixe ou frango, além de ovos e outros ingredientes.
Pho. Essa sopa original do Vietnã é composta por caldo aromático, macarrão de arroz e complementos diversos.
Pad thai. Prato célebra da culinária tailandesa, é preparado com macarrão de arroz frito, brotos e uma proteína, além de alguns vegetais e muitos condimentos e molho de tamarindo. 
Red curry. Pasta de curry com leite de coco, uma proteína e condimentos, comum na Tailândia.
Guioza. É quase um pastelzinho chinês, que pode ser cozido ou frito. A massa é delicada e e pode ter recheios diferentes, como de legumes. 

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